quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

um bebé não se dá, aluga ou vende


Excelentíssimos Senhores Deputados,

Está marcado para o próximo dia 20 de Janeiro o debate e votação sobre as Barrigas de Aluguer.

Não se pode ignorar o facto de esta matéria não ter sido votada pela maioria dos portugueses uma vez que a mesma não consta em qualquer dos programas eleitorais dos três maiores partidos com representação parlamentar (PSD, PS e CDS/PP). Igualmente grave: ao que parece, nenhum dos partidos com representação parlamentar propôs que esta questão fosse sujeita a referendo, assumindo os 230 deputados a responsabilidade de uma decisão de consciência que afectará não apenas os mais de dez milhões de Portugueses como também todas as gerações vindouras.

Por outro lado, o PSD e o CDS/PP prometeram em campanha eleitoral apresentar um pacote de medidas de apoio à natalidade. Algumas das maiores barreiras com que se confrontam os jovens casais que pretendem constituir família são essencialmente constrangimentos financeiros ou condicionalismos laborais. Mais grave do que aprovar uma lei para a qual a ciência e a sociedade não estão preparadas é o facto de se estar, mais uma vez, a não criar soluções para os problemas reais da natalidade em Portugal.

A ciência cada vez mais afirma que a formação do vínculo mãe-bebé é essencial para o desenvolvimento da criança a nível metabólico, epigenético e psicológico. Este vínculo é bem físico e fácil de compreender: o cordão umbilical! Graças ao cordão umbilical, durante 9 meses o bebé sobrevive sendo nutrido a partir deste. No entanto, é também através deste cordão umbilical que várias doenças como a Hepatite B e o VIH (este vírus só se manifesta 6 meses após o seu contágio e causa a SIDA) podem ser transmitidas ao bebé.

Senhores Deputados, será justo que a intimidade profunda criada entre a mãe e a criança durante esses nove meses seja aniquilada por um contrato? Senhores Deputados, será justo criarmos um novo tipo de negócio em que a mercadoria são crianças? Mesmo que seja um contrato não remunerado, não deixa de ser um contrato: criamos a ambiguidade entre a criança sujeito e a criança objecto. Senhores Deputados, será justo tornarmos a gravidez num período neutro e impessoal? A única forma de aprovar uma lei destas seria considerar que a gravidez não tem efeito no futuro da criança e tomar como definitiva a ideia de que o útero é uma simples incubadora.

A mãe da barriga de aluguer, bem como a sua família, serão sujeitas a riscos físicos e psicológicos através desta mercantilização do seu corpo. Caso a mãe da barriga de aluguer já tenha os seus próprios filhos, como conseguirá integrar na concepção destes a ideia de que o bebé que está na sua barriga não foi concebido através do pai nem será seu irmão ou irmã? Como explicar-lhes que no final dos nove meses será dado a outra família? Isto, quando não se formar um sentimento de maternidade de tal modo grande que a mãe de substituição se recuse a entregar a criança.

Senhores Deputados e se a mãe portadora do bebé decidir que quer abortar? Neste caso, o que será do casal que espera o filho? E se o casal abdicar da vontade de ter o bebé seja por divórcio, situação económica, mal-formação, morte ou por outra razão qualquer? Qual será o destino desta criança? A lei não pode remediar uns sofrimentos na iminência de causar novos sofrimentos. É indiscutível a legitimidade e o amor generoso dos casais que ambicionam ter um filho mesmo em condições em que por motivo de saúde tal não seja possível. Porém, essa vontade não equaciona os riscos físicos e emocionais subjacentes ao recurso à maternidade de substituição.

Compete aos legisladores por excelência a difícil responsabilidade de decidir em função da ciência e da ética de modo a não colocar em risco os cidadãos que representam. A lei não pode organizar a concepção de uma criança a qualquer preço. Visto que o preço será suportado pela criança em si. O desejo de ter uma criança não é sinónimo de ter direito a ter uma criança.

Senhores Deputados, vossas excelências têm a certeza ABSOLUTA que o vosso voto está de acordo com o sentimento e a vontade dos Portugueses que vos elegeram como seus dignos representantes para a Casa da Democracia Portuguesa?

Os meus melhores cumprimentos. Peço-lhes que, em minha representação Votem Contra.
David Luiz Gomes de Castro Pernas

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Vamos apoiar também online o movimento «pro-referendo Vida»

http://www.portugal.gov.pt/pt/o-meu-movimento/ver-movimentos.aspx?m=285

Caros amigos,

O movimento pro-referendo Vida acaba de criar uma página de apoio no novo portal do governo «o meu movimento».

Aquele movimento que mais votos angariar consegue uma audiência com o Primeiro-Ministro, o que, no nosso caso, nos permitirá relembrar e cobrar a sua promessa de realização de um referendo, para o que estamos ainda a reunir as necessárias 75.000 assinaturas.
Por isso, vamos apoiar "O Nosso Movimento". Para isso é necessário que se registem e depois votem. Neste momento vai à frente a petição contra as touradas e temos de nos perguntar. Se outros se mobilizam para defender a vida dos touros, não nos havemos de mobilizar nós ainda mais para defender a Vida Humana?

(coloquei no tema "Justiça" porque é aí que se coloca a questão dos Direitos Humanos)

Obrigado pelo apoio e máxima divulgação possível, por email e no facebook!

Com as melhores saudações e votos de um 2012 cheio de vida,
Luís Botelho

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

preparação de encontros com grupos parlamentares

   No dia 10 de Janeiro, pelas 21:30, reuniram-se os elementos da área de Lisboa da Comissão Nacional  pró Referendo pró-Vida, com vista a preparar os encontros com a Ex.ª Sr.ª Presidente da Assembleia da República e Ex.º/ªs representantes dos Grupos Parlamentares*, a fim de lhes entregar os resultados de uma sondagem a propósito da chamada "maternidade de aluguer", efectuada a um vasto público, tendo-se recolhido 817 respostas.  Na reunião, foi reiterada a necessidade de intensificarmos a defesa da Dignidade do Ser Humano em todos os aspectos da sua envolvência, nomeadamente no campo da afectividade, em face do perigo de que esta prática [maternidade de substituição] se transforme num negócio (aluguer da barriga), com quebra dos laços afectivos que inegavelmente se irão estabelecer entre a mãe (biológica) e o filho. Seriam terríveis as consequências psicológicas para a mulher, a qual se poderá recusar a "dar" a criança aos "pais" que a contrataram, daqui resultando mais um motivo de distúrbios psicológicos e de conflito social, a juntar aos do flagelo do aborto.

      -Estes aspectos e outros, foram debatidos, serão desenvolvidos e é desejo desta Comissão que haja a necessária abertura e capacidade de diálogo por parte dos políticos para tratar uma questão tão sensível e que tem do nosso lado, muitos milhares de apoiantes, presumivelmente a larga maioria da população portuguesa, como foi possível perceber pelos resultados da sondagem.

                  P'la Comissão Nacional

                      Miguel Martel Lima
                      Rodrigo Castro
                      Carlos Fernandes
                      António Leitão
 --------------------------------
* encontros já aceites pelo Grupos do CDS/PP, pelo PS. O BE remeteu um eventual encontro para um eventual e posterior momento de debate de especialidade em comissão parlamentar.

a maioria dos portugueses está contra a maternidade de substituição

foto picada do site da RR
Vão os senhores deputados LEGISLAR CONTRA o que pensam e sente a maioria dos cidadãos (73%)?

Com que legitimidade?

Depois queixem-se do afastamento entre eleitores e eleitos! É aqui, no concreto, que se vai abrindo o fosso entre "representantes" e (mal) representados.

----------------

Estudo feito na Internet, com quase mil pessoas, indica que a maioria está contra a maternidade de substituição

[...] Apesar de algum entendimento político, a questão não é pacífica. Rodrigo Castro, da Comissão Nacional Pró-Referendo Vida e membro da Associação de Médicos Católicos, assume que é contra a legalização das "barrigas de aluguer".
“É escandaloso em qualquer situação, mesmo nos casais inférteis”, afirma, embora reconheça o drama de quem quer ter filhos e não consegue. “Não podem utilizar todos os meios”, diz Rodrigo Castro.
Para entregar aos deputados está um estudo que revela que há uma maioria contra a legalização das "barrigas de aluguer". O estudo foi realizado na Internet, votaram 817 portugueses.
“73% dos votantes, portanto 600 pessoas, votaram ‘não’ à maternidade de substituição”, revela Rodrigo Castro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

encontro com imprensa: hoje pelas 21h30, no bar do cine-Londres, Lisboa

Hoje, terça-feira 10.01, pelas 21:30 horas, a Comissão Nacional pro Referendo-Vida estará à disposição da imprensa no bar do cinema Londres, junto à praça de Londres em Lisboa.

Serão prestados todos os esclarecimentos relativamente aos seguintes assuntos de actualidade:

"barrigas de aluguer"
-entrega no parlamento dos resultados da sondagem de opinião em http://daconcepcaoamortenatural.blogspot.com «considera legítimo o recurso à maternidade de substituição em caso de infertilidade?»

referendo aborto-eutanásia em 2012
- relação da crise demográfica com a crise económica e financeira portuguesa/ocidental
- actualização de informação sobre a recolha de assinaturas para a convocação do «referendo-vida» ainda em 2012

maçonaria
- posicionamento do movimento vida em relação à subversão social e moral operada pela lógica maçónica; grupos secretos que se apropriam do aparelho do Estado, colocando-o ao serviço dos seus interesses perpetram, de facto, um verdadeiro "golpe de estado";
- O Ministério Público terá aberto um processo a Otelo Saraiva de Carvalho, em resultado das suas recentes declarações alegadamente a favor de um golpe militar: estará o Ministério Público, pelo menos sob a direcção do actual Procurador-Geral, disponível para investigar em toda a sua extensão a eventual subversão democrática operada na sociedade portuguesa pela maçonaria, assegurando - para começar - que a autonomia de todos os membros do Parlamento e das Magistraturas não é ferida por qualquer tipo de obediência maçónica?

Guimarães, 10 de Janeiro de 2012

Comissão Nacional pro Referendo-Vida
Leonor Ribeiro e Castro, Maria das Dores Folque, Vera de Abreu Coelho, Carlos Fernandes, Luís Botelho, Luís Paiva, Miguel Lima, Rodrigo Castro, Ali Adel Hussain, Eduardo Torcato David

contactos:
email: proreferendovida@gmail.com ...... blogue: http://daconcepcaoamortenatural.blogspot.com/